O capitalista
- Não é possível – disse João Pedro – quanto de
dinheiro tem ai?
O funcionário
do banco, não era nem gordo sem magro, tinha bigode e óculos, não estava para
brincadeiras.
-Que
senhor? – disse de mal humor - o senhor caixa.
-O meu
dinheiro, quanto tem? – disse novamente João Pedro.
-Zero,
deixa ver – disso o homem tirando os óculos – zero não – João Pedro ficou
aliviado, afinal ele tinha certeza do seu saldo.
O homem
olhou novamente para João e falou.
-Neste
exato momento seu saldo é menos dois centavos.
-Merda –
disse o João e uma senhora idosa do caixa preferencial olhou para ele. – Meu salário
foi depositado ontem, ele tem que está ai, eu preciso dele para viver.
-Senhor,
seu saldo é menos dois centavos – disso o homem já a beira de perder a sua
enorme paciência conseguida com longos treinamentos Ioga.
João
Pedro colocou a mão no rosto e começou a chorar.
O cara do
banco, foi até o banheiro e pegou um pedaço de papel para que ele que limpasse as lagrimas, não gostava daquele ato,
a felicidade não era para covardes.
João
Pedro agradeceu.
-Tem
certeza, que o saldo é dois centavos?
-Absoluta.
-Pode
olhar novamente.
O caixa
olhou novamente e repetiu.
-Dois centavos.
João
Pedro aloprou começoua a metralhar palavras de baixo calão, como falava palavrões!
Quando estava nervoso começou a falar sem parar.
-Caralho,
filha da puta, meu salário foi depositado ontem, cacete, olha novamente para essa merda de computador,
sacode ele .
O homem não
se abalou, só disse de forma provocativa.
-Vai ver
seu salário é de menos dois centavos negativos.
-Agora tá
de sacanagem, vem a que fora que eu te mostro que tem dois centavos negativos
de salário.
João
Pedro teve uma tontura, uma vertigem mesmo, quase caiu, cambaleou.
Decidido
falou, depois de respirar fundo.
-Quero
falar com a porra do gerente. Tenho conta aqui e acho esse banco uma merda,
como um salário de seis mil pode virar menos dois centavos.
O senhor
caixa afastou –se vidro e disse.
-Pegue a
outra senha. Próximo. - disse o senhor caixa.
POR JJ DE SOUZA
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