Texto rejeitado
Nada ha tão pueril como um
grupo de escritores de poesias resumidas, mandei um texto cômico para um
editora e foi rejeitado.
-Tem muito palavrão – disse no Email a senhora.
-Tudo bem, só por isso.? – perguntei – agora tem que censurar
os palavrões?
-Sim se quiser publicar aqui.
-O palavrão faz parte da língua, quer dizer que fingimos que
não existe palavrão?falamos palavrão, mas não escrevemos?Isso não é mais uma das grandes mentiras que envolve a vida moderna, textos fortes assim com palavrão, parece pra valer, eu acho dá uma característica de realidade, você não?
-Sim senhor, porém aqui publicamos fantasia e descente. – respondeu pelo bate papo.
-O texto é ruim?
-Mais ou menos, a heroína podia ser menos má, menos pervertida – escreveu.
-Porra - pedi desculpa - escrevi sem querer a merda do palavrão, é que ela é maneira assim desse jeito, sabe doidona, como a maioria das meninas, vida real novamente - disse.
-Não acredito que as meninas sejam assim, minha filha não é, ela é romântica, pois bem aqui, para nós da editora, pareceu uma depravada, não está na nossa linha, péssima influencia - escreveu depravada em negrito.
-Mulheres assim existem na vida, tenho certeza que já encontrou uma igual?
-Sim, infelizmente, porem aqui escrevemos fantasia, com palavras bonitas,enredo moral - escreveu.
-Tá, se ela tropeçar e enfiar o dedo em um prego, o que ela fala ? – escrevi.
-Ops.
-Ops?
-É,Ops!
Assim tive meu texto censurado, pelos olhos críticos de
pueris e gentis leitores e a liga antipalavrões, se é que essa palavra existe.
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